Santa Casa e ABRAZ promovem o Dia Mundial da Doença de Alzheimer


Evento traz Mesa Redonda com especialistas e cuidadores com a perspectiva de trocar informações e experiências
Data da Notícia: 14/09/2018 13:47:42

Modal_Alzheimer_21 de setembro


 

 

A Santa Casa de São Carlos e a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ) Sub-regional São Carlos realizarão na sexta-feira, 21 de setembro uma Mesa Redonda: “Doença de Alzheimer, Conhecer para Conviver” às 14 horas, no Auditório do hospital.

O evento marca o Dia Mundial da Doença de Alzheimer com debates para esclarecer sobre os sintomas, ações preventivas e cuidado necessários as pessoas diagnosticadas com a doença.

A proposta da Mesa Redonda, segundo a coordenadora da ABRAZ Sub-Regional São Carlos, Ana Claudia Trombella Barros, é a trocar experiências entre profissionais da saúde e os cuidadores dos pacientes com Alzheimer.

O evento é gratuito e aberto ao público. A ABRAZ tem a intenção de ampliar o acesso à informação para esclarecer e melhoras a qualidade de vida tanto do paciente como do cuidador.

Participam da Mesa Redonda o médico Psicogeriatra, fundador da ABRAz São Carlos, Dr. Pietro Bordini De Santis; o médico Psicogeriatra, docente do Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos, Dr. Marcos Hortes Nisihara Chagas; o médico clínico geral, pós-graduando em Geriatria, Dr. Gustavo Munno; a docente do Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos, Keika Inouye e a terapeuta ocupacional e coordenadora da ABRAZ Sub-Regional São Carlos, Ana Cláudia Trombella Barros.

A doença é mais comum que se imagina. De acordo com a ONU, 75% dos doentes desconhecem que sofrem do mal e a família, às vezes, é a última a perceber que aquele simples esquecimento é, na verdade, um sintoma.

Estimativa do Ministério da Saúde indica que no Brasil 1,2 milhão pessoas já foram diagnosticadas com Alzheimer. O número de pacientes é estimado em 35,6 milhões no mundo.

Em razão do envelhecimento da população global, esses números aumentarão significativamente, em 2030, serão 65,7 milhões e em 2050, 115.4 milhões de portadores, sendo dois terços deles em países em desenvolvimento.

O Brasil é o nono país com o maior número de pessoas com demência sendo estimado 1 milhão de casos no ano de 2010. Entre os tipos de demência a Doença de Alzheimer é a forma mais comum, representando 60 a 70% dos casos, e, embora possa ocorrer entre jovens, a sua maior incidência está entre os indivíduos idosos. Após os 65 anos de idade a prevalência duplica a cada cinco anos.

 

O que é a Doença de Alzheimer

A Alzheimer é uma patologia do cérebro de causa desconhecida, com agravamento progressivo, lento e irreversível, que afeta principalmente as funções intelectuais: a compreensão, a orientação, a atenção, o pensamento, a memória. É a forma mais comum de demência, surgindo principalmente a partir dos 65 anos. A doença ataca metade da população a partir dos 85 anos.

O seu nome deriva do médico alemão que em 1907 descreveu a doença: Alois Alzheimer.

Não foi ainda descoberta a cura para esta doença, sendo que o tratamento é feito com recurso a fármacos que atenuam os seus sintomas.

 

Dia Mundial da Doença de Alzheimer

Em 1994 o dia 21 de setembro foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer com o objetivo de divulgar para a população informações relacionadas a doença como orientações sobre prevenção, causas e tratamento da doença.

A evolução da doença é caracterizada pela perda de autonomia e funcionalidade do idoso que, em estágios mais avançados da doença, irá necessitar de cuidados e supervisão de terceiros. Os cuidadores de idosos com demências tendem a apresentar sobrecarga de trabalho maior quando comparado aos cuidadores de idosos que não apresentam alterações cognitivas evidenciando assim a grande necessidade de cuidados que estes pacientes podem apresentar além da atenção à saúde destes cuidadores.

O tratamento da Doença de Alzheimer é baseado no alívio de sintomas, uma vez que não tem cura, e no retardo da progressão da doença. Além disso, é necessária atenção especial à saúde dos cuidadores destes pacientes que devido a sobrecarga de trabalho podem chegar a desenvolver o que chamamos de estresse do cuidador.