“Era uma pessoa comprometida, dedicada e prestativa. A principal marca dele era a gentileza. A gente brincava que ele era o ‘príncipe’ da manutenção. Vai fazer falta”. As palavras da gerente de operações da Santa Casa, Mariana Danella, resumem bem o que o técnico de refrigeração, Heber Silva Siqueira, representava para o hospital.
Heber trabalhou na Santa Casa por 13 anos. Era um funcionário exemplar, prestativo e dedicado. Há seis anos, começou a lutar contra um tumor no cérebro. Fez cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Se recuperou bem da doença e meses depois, voltou ao trabalho. Mas no começo do ano, uma tomografia constatou que a doença havia retornado.
Há dois meses, ele foi encaminhado para o Hospital do Amor em Barretos. Teve que alugar uma casa por lá para fazer o tratamento. Foi então que os amigos do hospital decidiram fazer uma vaquinha para ajudar. “Tinha o aluguel dessa casa e tinha as contas para pagar, já que os pais e os irmãos deixaram tudo de lado para cuidar dele. Então nós, amigos e colegas de trabalho, decidimos nos juntar para ajudar. E foi uma grande surpresa. Quando percebemos, muita gente estava colaborando. Ele era realmente muito querido”, conta Wellington da Costa Alves, mecânico de refrigeração e amigo próximo de Heber.
Os amigos do trabalho voltaram hoje de Ituiutaba, Minas Gerais, onde o corpo de Heber foi velado e sepultado. Fizeram questão de estar presentes e levar coroas de flores para prestar a última homenagem.
“A gente fez questão de viajar mais de 400 quilômetros para nos despedir. E hoje, ao chegar na Santa Casa e ao entrar na sala dele e ver que ele não estava lá, foi muito difícil. Ficou um vazio muito grande”, lamenta o supervisor de manutenção da Santa Casa, Joselito Nunes.
O provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior, também lamentou a morte do funcionário do hospital: “o Heber era uma pessoa muito querida. Ele sempre deu o melhor, vestia mesmo a camisa. É uma grande perda. Como funcionário e como ser humano que era”.